Para o caso de...
Quando comecei a entrar na onda minimalista, o meu primeiro passo foi livrar-me das coisas que não gostava, não precisava e não me faziam falta.
Acredito, no entanto, que um dos maiores problemas que enfrentei, e pelo qual toda a gente deve enfrentar, é "e se eu vier a precisar disto?". É uma pergunta válida, se pensarmos no assunto. No entanto, vamos enfrentar a realidade. Quantas vezes no passado realmente precisaram do objecto em questão? Eu acho que é um pouco como aquelas mulheres que levam tudo na mala (e atenção que eu já fui assim...) "para o caso de...". A verdade é que esse caso nunca apareceu e eu estava a dar cabo das minhas costas com o peso.
Quando falamos em livrarmo-nos de coisas materialistas e que não oferecem qualquer uso ou alegria à nossa vida o "para o caso de..." não pode ser uma desculpa para acumular tralha.
Por isso, toca a chegar a casa, e começar a ver o que realmente precisam e o que não precisam. As pilhas dividem-se simplesmente entre: sim, não e talvez. A pilha do talvez pode ficar guardada durante um tempo, enquanto não descobrem o que fazer com ela. Vão visitando essa pilha de vez em quando e transformando-a em "sim" ou "não"; embora eu garanta que quase sempre na dúvida a resposta é "não", se não porque raio teriam duvidado no início?