Este Natal decidi que não me iria colocar nas redes sociais, nem no blog. Algo que cumpri categoricamente, devo anunciar.
Decidi fazê-lo por querer desfrutar do máximo de tempo possível com a família, sem ter que me preocupar se as restantes pessoas sabiam onde eu estava e como o estava a festejar.
Tal como ficou prometido, venho aqui revelar quais as prendas que ofereci este Natal.
Prendas que ofereci
À minha mãe ofereci uma mala de viagem de cabine porque ela não tinha nenhuma. É da Paco Martinez e é azul escura. Tenho a certeza de que é feita à custa de sweatshops, no entanto, não sei onde encontrar uma que não seja;
Ao meu irmão mais velho ofereci um cartão com dinheiro da FNAC para ele gastar no que quiser. É sempre difícil saber o que lhe oferecer, e assim, pode ser ele a escolher;
Ao meu pai ofereci uma garrafa de vinho do Porto de reserva. Não sabia o que oferecer e um consumível é sempre melhor, uma vez que é algo que realmente tem uso;
Ao meu irmão mais novo ofereci uma carteira, algo que também tem uso visto ele não ter nenhuma;
Aos meus tios ofereci um jantar a dois num restaurante de fados;
Aos meus avós ofereci uma moldura com diversos compartimentos com fotos dos netos e dos filhos;
Às minhas primas ofereci produtos de cosmética da Body Shop que são feitos com produtos naturais, de comércio justo e não são testados em animais;
A do Pai Natal Secreto ainda não posso revelar, porque ainda não trocámos as prendas.
E como eu sei que são curiosos, decidi também revelar o que recebi.
Prendas que recebi
A minha mãe ofereceu-me uma mala, mas foi escolhida por mim e eu farei um post mais detalhado sobre ela e sobre a minha busca por ela;
O meu pai ofereceu-me um disco externo para guardar toda a tralha tecnológica lá;
Os meus tios ofereceram-me uma agenda para 2016 e dois pequenos blocos de notas com uns padrões muito giros;
Os meus avós ofereceram-me umas pantufas - infelizmente são de uma loja com recurso a sweatshops - estava na minha need/wish list;
Os meus outros tios ofereceram-me um lenço/manta muito quentinho e cinzento. Estava na minha need/wish list. Não sei se é feito à custa de sweatshops ou não. No entanto, espero que dure muito tempo;
Fora isto ainda recebi chocolates e meias.
Embora não possa negar que sabe bem receber prendas quando realmente se precisa ou se gosta de uma coisa, a melhor parte do Natal foi sem dúvida estar em família e comer a quantidade de comida que comi. Este Natal, não há dúvida de que a balança vai marcar mais 2 ou 3kg, mas valeu a pena porque a comida estava mesmo boa!
Hoje decidi trazer um post um pouco mais pessoal e deixar algumas sugestões de livros para ler ou oferecer no Natal. Eu adoro ler e sempre li bastante. O verdadeiro contraste entre ler e ver filmes (porque há muitas pessoas que peguntam porquê ler se podemos saber a história através de um filme?) está no facto de quando lemos, podemos imaginar as personagens, os espaços, os cheiros. E tudo isto dependerá do nosso humor, das nossas experiências, e de uma série de outros factores. Num filme isto não acontece. Alguém projectou e pensou nos cenários, nas roupas, nos movimentos, nos toques, nas personagens, e pouco fica ao alcance da nossa imaginação.
Há alguns livros que foram mais marcantes para mim, e, por isso, aqui deixo uma sugestão de 5 livros:
Diário de Anne Frank: sem dúvida um dos livros que mais marcou e me despertou para as questões sociais da Humanidade. Sou extremamente interessada na 2ª Guerra Mundial, mais na vertente social do que na vertente militar e este diário tem a capacidade de retratar aquilo que eram as reflexões de uma rapariga de 13 anos em relação ao que estava a viver. Sem dúvida um testemunho como não há outro.
O Império de Gore Vidal: um livro socialmente característico da sociedade política dos EUA no início do século XX e que até hoje ainda se mantém. Sem dúvida um retrato absolutamente fantástico da necessidade dos EUA de "mandarem" no mundo inteiro.
O mundo de Sofia de Jostein Gaarder: um livro filosófico com uma história bastante interessante e que permite diversas abordagens dependendo da altura em que se lê, sem dúvida que um livro que vale a pena.
As Pupilas do Senhor Reitor de Julio Dinis: um romance do mais engraçado que existe, passado numa aldeia em Portugal que retrata o romance de duas jovens com dois irmãos.
O Livro dos Homens sem Luz de João Tordo: um livro que tem que ser lido de uma só vez, não há como resistir ao desenlace da história. Muito bem escrito, com traços filosóficos que nos fazem repensar na forma casual como a vida acontece.
E estas são algumas das minhas sugestões. Continuarei a ler livros (claro) e poderei fazer posts semelhantes a este no futuro.
O tema hoje é Natal. Entrados em Dezembro que estamos, tudo à nossa volta se transforma em Natal. Sim, esse feriado religioso num Estado Laico. Mas não se enganem, o Natal, nos dias que correm, é pouco um feriado religioso, e muito mais um feriado capitalista.
Até o pobre Pai Natal virou vermelho graças ao capitalismo: http://onatal1.no.sapo.pt/pdfs/Vermelho_branco.pdf
No entanto, não me considerem fundamentalista, eu gosto da oportunidade de outras pessoas gastarem dinheiro em coisas que preciso na altura do Natal. Tal como mencionei anteriormente, normalmente tenho uma lista e quando chega esta altura, digo ao pai e à mãe e aos tios o que preciso e eles compram e eu poupo algum dinheiro. Como minimalista, não sou fã das prendas "surpresa" porque muitas vezes são coisas que não preciso ou que não têm qualquer significado e acabam numa caixa em casa a estragar-se.
No entanto, este ano decidi fazer algo diferente e mais criativo com a prendas que vou oferecer. Embora a criatividade não seja exactamente o meu forte, tenho-me esforçado e todos os dias me debruço sobre uma das prendas que vou oferecer. Até agora tenho uma, e vou a caminho de outra... O que já não é mau!
Depois do Natal colocarei aqui a lista de prendas que ofereci!
O minimalismo apresentou-se a mim não como uma moda a adoptar no momento, mas como um estilo de vida a adoptar sempre. Como Ecologista convicta, sou totalmente contra o estilo de vida de consumo desenfreado que vivemos nos dias de hoje em que interessa ter muito. Acredito que "o caminho se faz caminhando" e por isso não coloco quaisquer expectativas sobre o que o futuro trará, ao invés, acredito nas mudanças presentes e que devemos viver agora o que deve ser vivido agora.
Ter muitas coisas ocupa muito espaço físico e mental, muita preocupação. Minimalizar tornou-se uma prática de relaxamento e em que ter pouco é ter muito mais.