Toda a gente conhece a famosa marca do boião azul!
No entanto, não conhecem a razão pela qual eu deixei de utilizar os produtos desta marca.
Poderia colocar a questão dos testes em animais, ou o facto de as embalagens não virem de fontes recicladas nem serem de fácil reciclagem. Na verdade haveria muito por onde pegar, mas a verdadeira razão prende-se com a existência de parabenos.
E o que são os parabenos? Bem, os parabenos são basicamente conservantes muito utilizados na área da cosmética que permitem, como o nome indica, conservar os cosméticos por maiores períodos de tempo.
Então qual o problema dos parabenos? Há uns anos atrás, alguns estudos relacionados com o cancro da mama detectaram a presença destes conservantes em excesso no organismo. Embora os estudos não tenham sido conclusivos no que toca à relação directa entre a aplicação de cosméticos e a presença destes conservantes em excesso, a verdade é que muitos legisladores proibiram e algumas marcas aboliram a sua utilização pelo princípio da precaução.
E o que é o princípio da precaução? É um princípio moral que determina que não havendo dados científicos e/ou empíricos que comprovem os efeitos nefastos de algo, esse algo não deve ser utilizado para garantir que as possíveis consequências não se verifiquem. Em português? Se atravessarem uma estrada sem visibilidade correm o risco de ser ou não atropelados. Pelo princípio da precaução: não atravessem a estrada nesse local. Dessa maneira garantem com 100% de certeza que não serão atropelados (nesse local).
A verdade é que há inúmeras marcas que continuam a utilizar parabenos, mas então porquê mencionar a Nivea? Porque uma rápida pesquisa nos permite verificar que a Nivea é a única marca que faz publicidade positiva aos parabenos e que garante que estes são seguros, embora não tenha provas fundamentadas que tal seja verdade:
No final, garantem que 70% dos seus produtos não contém parabenos mas, por exemplo, não apresentam uma lista de quais são esses produtos que não os contém.
Por outro lado, para uma grande marca que gera milhões por ano, não é dificil fazer a substituição destes conservantes por outros de origem natural, como o fez a Garnier, o que me leva a crer que é apenas má vontade da parte da Nivea.
Como prometido, os produtos que eu uso e uma mini revisão sobre cada um deles.
Produto 1
Este é o produto que uso todos os dias de manhã. Ponto a favor: cheira mesmo bem.
Ainda hoje vi um vídeo sobre uma rapariga que sofreu de acne durante imenso tempo e que diz que o que resultou com ela foi ter mantido a mesma rotina, e os mesmos produtos durante bastante tempo. Persistência é a chave. Estou decidida a ser persistente, embora me canse depressa das coisas.
Outra coisa interessante que ela mencionou, foi o facto de que ela utilizou todos os produtos de supermercado e nenhum resultou. Encontrei algo em comum com uma estranha do outro lado do mundo (heart). Enfim, deve ser comum com mais uns quantos estranhos por esse mundo fora, porque cada vez mais tenho a sensação que para problemas sérios de acne, esses produtos não são suficientes.
Continuando, não tenho grandes defeitos a apontar a este produto em questão, sem ser o preço: 16€
Produto 2
Sim, já há bastante tempo que utilizo este frascão como creme facial e pretendo continuar. Dois pontos a favor, preço e não testado em animais. Claramente, o segundo ponto é o meu preferido. É fresco e é não gorduroso, não tem ingredientes considerados prejudiciais à saúde como os SLS e os parabenos e o cheiro é fresco. Preço: 8€
Produto 3
Eu nunca incluía Protector Solar, mas a verdade é que mesmo podendo não estar relacionado com o acne, o sol envelhece muito mais rapidamente a pele e, por isso, e para proteger a pele dos raios nocivos do sol, passei a incluir o protector solar. Neste momento utilizo o da Nivea porque era o que já tinha e vocês sabem que odeio desperdiçar. No entanto, não sou particularmente fã (sem ser do cheiro) porque é muito gorduroso e a minha pele já é gordurosa o suficiente.
Produto 4
Mais um produto receitado pelo dermatologista. Isto é creme, corrector e maquilhagem. Só por ser maquilhagem já gosto. Enfim, é bonzinho. Primeiro aplica-se o corrector verde e por cima dele, passa-se o creme que é tintado e permite disfarçar a hiperpigmentação. No entanto, devido à cor que comprei, nota-se que estou a utilizar maquilhagem, não se funde bem com o meu tom de pele e, por isso, torna-se um pouco desconfortável. Fora isto, penso que também contribui para aumentar a oleosidade da minha pele, o que não me deixa muito confortável. Preço: 17,21€
Produto 5
O exfoliante é talvez o produto de que goste mais, dos receitados. Já usei vários exfoliantes de várias marcas e não sei se foi porque finalmente aprendi a usar um exfoliante (sim, eu sei), ou se porque este é realmente bom. A verdade é que quando o uso, a minha pele fica mesmo lisinha e sinto mesmo que não tem porcarias incrustadas. Adoro! Preço: 16,73€
Produto 6
O meu mais que tudo. Desde que descobri este produto que não quero mais nada. Uso-o normalmente à noite, ou no banho e deixa a pele tão fresca que sinto que estive uma hora num túnel de vento. Para além disso, não é testado em animais, pelo que seria um túnel de vento ecológico. Preço: 8€
Produto 7
Último produto, e já são imensos. Uso este creme à noite e é suposto que ele elimine as borbulhinhas e os pontos negros. Não é um produto milagroso do género: ponho um dia e na manhã seguinte a minha pele está super lisa e brilhante, mas acho que tem ajudado a fazer com que as borbulhas/inflamação sare mais rapidamente. Preço:16,15€
Sim, sinto-me embaraçada por, como minimalista, usar esta quantidade astronómica de produtos. Mas a verdade é que o acne tem sido um problema na minha vida e eu quero mesmo resolvê-lo. Com a garantia de que não estou a fazer mal à minha saúde. Façam figas para que resulte!
O minimalismo apresentou-se a mim não como uma moda a adoptar no momento, mas como um estilo de vida a adoptar sempre. Como Ecologista convicta, sou totalmente contra o estilo de vida de consumo desenfreado que vivemos nos dias de hoje em que interessa ter muito. Acredito que "o caminho se faz caminhando" e por isso não coloco quaisquer expectativas sobre o que o futuro trará, ao invés, acredito nas mudanças presentes e que devemos viver agora o que deve ser vivido agora.
Ter muitas coisas ocupa muito espaço físico e mental, muita preocupação. Minimalizar tornou-se uma prática de relaxamento e em que ter pouco é ter muito mais.