Para quem acompanha regularmente o meu blog, sabe que eu compro muitos produtos em lojas que se dizem mais ecológicas.
Em especial, ultimamente, gosto de experimentar produtos que não sejam testados em animais. Chamem-lhe fundamentalismo, mas na minha opinião, não me parece justo que se testem produtos de cosmética (que unicamente servem o propósito de nos fazer alcançar um qualquer ideal de beleza) noutras espécies que não usufruem desses produtos.
No entanto, ao ler o meu champô, dizia lá "Produto Acabado Não Testado em Animais", ou seja, o produto final não é testado, o que não significa que os ingredientes usados para fazer esse produtos não o sejam. Assim, decidi fazer uma pesquisa (haja google) e dei com este site (carregar na imagem):
E em que podemos ver todas as empresas que estão certificadas como completamente "cruelty-free", ou seja, que nem os ingreditentes, nem o produto final é testado em animais.
A parte chata é que são poucas as marcas certificadas que são vendidas em Portugal, sendo exemplos, a Body Shop e a Jason (comercializada nos espaços celeiro e outras dietéticas).
No entanto, no site, eles deixam uma lista de locais onde se podem adquirir os produtos online.
Nos dias que correm acho que não existe praticamente nenhuma loja que não tenha um cartão de fidelização associado. Funcionam das mais diversas formas e feitios; e enchem as nossas carteiras. Inacreditavelmente, eu acho que tenho cartões de todas as lojas que frequento e mais algumas. Passo então a nomear os cartões que tenho e como eles funcionam:
A razão pela qual fui fazendo todos estes cartões prendia-se com o facto de eles não terem custos associados e oferecerem vantagens (tirando aqueles que não escolhi fazer). E pelo facto de serem lojas nas quais consumia.
No entanto, desde que adoptei o minimalismo, as coisas tornaram-se um pouco diferentes. Já não consumo na maioria destas lojas ou não o faço regularmente. A principal ideia destes cartões (cartões de fidelização) é exactamente obrigar o cliente a voltar à loja e consumir novamente, largando lá mais dinheiro. As vantagens que eles oferecem são um pequeno "custo" em troca do aumento de vendas que conseguem com eles. Até porque muitas vezes, o valor que existe nestes cartões tem uma validade, exactamente para obrigar o cliente a consumir.
Embora ainda os utilize, o paradigma mudou. Utilizo-os se for à loja para comprar qualquer coisa e não vou à loja porque tenho os cartões e sinto obrigação de os utilizar. E aí é que se encontra a verdadeira questão, e aquilo que eu penso que as pessoas deveriam entender. Não sou fundamentalista em relação a estas questões, no entanto, há que encontrar a lógica por trás destes cartões e revertê-la.
A ideia não pode ser: vou comprar nesta loja porque tenho o cartão e vou acumular e depois posso lá voltar e descontar e acumular mais. Isso é entrar num ciclo vicioso de consumismo desnecessário. A ideia deve ser sim: preciso de qualquer coisa nesta loja, por acaso tenho o cartão, irei utilizá-lo.
Mais à frente irei fazer um post sobre aquela que eu encaro ser a principal desvantagem destes cartões e que já me fez cancelar muitos deles.
O minimalismo apresentou-se a mim não como uma moda a adoptar no momento, mas como um estilo de vida a adoptar sempre. Como Ecologista convicta, sou totalmente contra o estilo de vida de consumo desenfreado que vivemos nos dias de hoje em que interessa ter muito. Acredito que "o caminho se faz caminhando" e por isso não coloco quaisquer expectativas sobre o que o futuro trará, ao invés, acredito nas mudanças presentes e que devemos viver agora o que deve ser vivido agora.
Ter muitas coisas ocupa muito espaço físico e mental, muita preocupação. Minimalizar tornou-se uma prática de relaxamento e em que ter pouco é ter muito mais.