O minimalismo e a pegada ecológica.
Para aqueles que não sabem, eu sou a fã nº 1 do Ambiente. E não é fã de: sim, adoro árvores e baleias e etc. Não, sou convictamente ecologista e acredito que o futuro da Humanidade (e de todas as outras espécies no planeta) depende do entendimento daquilo que é a Ecologia, o equílibrio dos ecossistemas e quais as formas de nos salvaguardarmos de eventuais catástrofes que coloquem a vida na Terra, como a conhecemos, em risco.
Por isso, esta foi outra das razões pelas quais decidi aderir ao minimalismo. O consumo desenfreado faz aumentar, e muito, as linhas de produção, aumentado a exploração dos recursos naturais e pondo um enorme stress no meio ambiente. Fora tudo isto, o actual sistema de produção em larga escala aumenta substancialmente o desperdício.
No entanto, aquilo que me traz aqui hoje é mais a discussão do natural vs. sintético. Esta é uma discussão levada a cabo por diversos ecologistas, defensores do ambiente, cientistas e afins e que levanta muitas questões. A verdade é que utilizar fibras naturais à partida parece algo mais ecológico, mais natural. Pode não provocar tantas reações alérgicas ou similares. Para além disso, parece não custar tanto. No entanto, vou deixar-vos este quadro:
Se olharmos para este quadro conseguimos ver que o algodão consome em média 18 000 litros de água por cada quilo de roupa. São muitos litros de água... Também a viscose consome 640 litro de água por cada quilo de roupa. No entanto, são as fibras sintéticas que consomem mais energia, sendo que o poliéster consome 109 gigajoules, o que, para quem não entende de medidas de energia, num ano em usos domésticos uma pessoa gasta à volta de 4000 GJ (atenção, por ano). Ou seja, por cada quilo de roupa produzido é gasta energia equivalente a 10 dias em uso doméstico. Fora isto, há ainda que considerar a durabilidade das fibras, sendo que as fibras sintéticas, por serem menos biodegradáveis, prometem maior durabilidade.
Como é possível verificar, a discussão irá continuar, uma vez que hoje em dia, a energia ainda é altamente dependente dos combustíveis fósseis, que também são altamente desvantajosos para o ambiente.
No entanto, quanto feita a reflexão sobre o assunto há que considerar sempre que menos é melhor: não há tanta exploração de recursos naturais e não há tanto desperdício, o que causa menos stress nos ecossistemas. Vivermos apenas com aquilo que precisamos e com aquilo que nos faz felizes, sem consumirmos desenfreadamente coisas que não acrescentam nada à vida parece ser a solução, na minha opinião...