O meu post de hoje também será curtinho! Venho aqui apenas para desejar um Feliz Ano Novo a todos e agradecer por virem ao meu blog ler o que posto, e comentarem. Sabe bem ter algum feedback e perceber que há mais pessoas a partilhar a mesma visão.
Como último desafio: este ano ao invés de fazerem resoluções de Ano Novo, ou desejos para o próximo ano, desenhem objectivos. Coisas que querem mesmo muito concretizar, alcançar, o que seja. Sejam o mais arrojados possível e não tenham medos. Durante o desafio do 30 Day Minimalism Challenge, eu irei postar os meus objectivos para o próximo ano. Percam algum tempo e concentrem-se nas coisas que querem mesmo.
Há uns tempos atrás, a minha melhor amiga enviou-me um desafio. O "30 Day Minimalism Challenge". Decidi então aceitar o desafio e começar no início do próximo ano.
Assim sendo, durante o mês de Janeiro irei fazer um desafio por dia e fazer um post sobre cada um dos dias. Os posts provavelmente serão pequenos e rápidos porque: 1) poderá não haver muito por onde dizer; 2) Janeiro é a minha fase de exames e tenho que estudar!
Para além disto, irei continuar a fazer posts "normais" e irei também aceitar outro desafio. Irei tentar de 2 em 2 semanas fazer uma mini-missão da blogger de "be more with less" e postar aqui sobre a missão e sobre a minha experiência.
Desafio todos os que queiram a fazer também este desafio e irem partilhando as vossas experiências com o tag 30diasdesafiominimalismo.
Fez aproximadamente um ano que não temos televisão cá em casa. E eu decidi partilhar esta experiência.
A decisão de deixar de ter televisão não foi minha, na verdade, eu fui totalmente contra ela no início. Quem tomou esta decisão foi a minha mãe depois de termos feito obras na sala. Eu fui totalmente contra porque não me imaginava a levantar-me aos sábados de manhã e não poder ir esparramar-me no sofá em frente da televisão, deixando a informação circular livremente na minha cabeça. Mais que tudo, fiquei chocada por o meu irmão ter concordado.
Durante algum tempo ainda tentei que a televisão voltasse. "Mas mãe, tu tens um contrato, ao menos pomos a televisão até o contrato acabar", "Mas mãe, estás a perder dinheiro". Nada disto resultou.
Um ano depois, posso afirmar que foi a melhor coisa que aconteceu:
Por agora ainda temos que a pagar, mas quando tivermos que o deixar de fazer, é menos dinheiro que gastamos;
Passamos muito mais tempo juntos, a conversar, do que calados a olhar para um ecrã;
Não deixei de ver séries, nem filmes, uma vez que o posso fazer via Internet, e melhor que isso, posso ser selectiva o quanto quiser, e não ter que me sujeitar ao que passa na televisão;
Não estou sujeita a toda a desinformação dos meios de comunicação social e todas as "catástrofes" e "notícias de última hora" que nos inundem a casa de medo, desconfiança e ignorância;
Contínuo a ler notícias, em especial porque as recebo no e-mail, no entanto, sou muito mais crítica em relação a elas;
O meu tempo aumentou substancialmente: como já não me levanto de manhã aos fins-de-semana para me ir deitar no sofá a ver televisão, sinto que o meu fim-de-semana ganhou pelo menos mais 24h;
E ainda poupamos na fatura de electricidade, uma vez que é menos um aparelho a consumir.
Uma vez que doei muitas coisas, ou as deitei fora, tenho muito menos agora, o que fez com que, por exemplo, a minha cómoda estivesse praticamente vazia. Decidi então que conseguia colocar todas as coisas que ainda lá tinha no meu roupeiro e livrar-me da cómoda.
No entanto, não queria simplesmente deitar a cómoda fora. Queria dar-lhe algum uso. Decidi, então, que a poderia transformar numa pequena mesinha onde pudesse colocar a bijuteria, a maquilhagem, os produtos de cabelo, etc, etc. E foi isso que fiz!
Embora ainda não esteja acabado - falta pintar, arranjar um banquinho, e um espelho - a maioria está feito e sem deitar muito fora. Apenas as roldanas onde as gavetas deslizavam e três tábuas de madeira foram para o lixo. Uma das gavetas serviu para fazer cama para o meu cão e as restantes para camas de reserva (ele estraga muitas), os pregos e os parafusos foram guardados na caixa de ferramentas para a eventualidade de serem precisos.
Deixo em seguida as fotos do processo:
Esta era a cómoda inicial já sem as gavetas
Uma das gavetas a servir de cama
Processo de desmontagem
Produto praticamente final - até o Blitz ficou curioso
Um dos primeiros posts que fiz neste blog foi sobre a minha única mala. Logo nesse post "anunciei" que provavelmente iria ter outra no Natal, uma vez que já andava à procura de uma.
Queria uma mala que fosse mais pequena do que a da Lacoste, no entanto, maior do que as malas pequeninas que tenho para sair à noite. A primeira mala que vi foi esta da Bimba Y Lola:
No entanto, não a comprei logo porque era só para o Natal. Cheguei a dizer à minha mãe que poderíamos esperar pelos Saldos. No entretanto, vi o filme que já mencionei diversas vezes no blog, e que podem ler aqui.
Decidi então enviar um e-mail à marca a perguntar onde eram fabricadas as suas malas. Responderam-me que eram fabricadas em diversos sítios e que se lhes enviasse a referência do produto em que estava interessada, me dariam uma resposta mais concreta. Lá o fiz, e responderam-me que era fabricada na China (sim, sempre muito vagos). Então perguntei se tinham algum produto que fosse fabricado na Europa ou América do Norte sem recurso a sweatshops, de novo me disseram que lhes enviasse as referências dos produtos em que estava interessada e me dariam uma resposta mais concreta. Desisti.
Durante algum tempo ainda ponderei se comprava ou não. Se fosse durável, e eu não tivesse que comprar outra nos próximos tempos e etc (sempre a pesar os prós e os contras). No entanto, achei que mesmo sendo feita numa sweatshop (acredito eu) e mesmo que durasse muitos anos, o princípio da empresa nas respostas de e-mail que me deu pareceu-me errado. Por isso, decidi que não ia comprar à marca.
Comecei então a pesquisar lojas sem recurso a sweatshops. Pesquisei bastante sem grande sucesso em encontrar algo que me agradasse. Lembrei-me então que se Portugal tem uma enorme indústria no fabrico de calçado, possivelmente também teria de malas. Decidi investigar um pouco. Dei com as marcas Cavalinho e Foreva. Para ambas enviei um e-mail procurando saber onde eram produzidas as malas, os tecidos, etc. Penso que apenas a Cavalinho me respondeu, no entanto, nenhuma das malas deles me agradou particularmente.
Decidi continuar a investigação e dei com este site:
Adorei automaticamente o design das malas. Decidi então enviar um e-mail à marca a perguntar onde eram produzidas as malas e os tecidos, e etc. Responderam-me passado duas horas dizendo quase tudo o que queria ouvir. As malas são produzidas em Portugal numa fábrica em Vendas Novas e também são eles que produzem o próprio tecido. Bem, e é sabido que cortiça é do que há mais em Portugal.
Descobri que vendiam os seus produtos nalguns centros comerciais como Vasco da Gama e Campo Pequeno e decidi ir procurar os produtos por lá. Acabei a encontrar esta mala:
Custou 70€, mas eu acho que foi um preço justo por ela. Tem espaço para tudo o que preciso de levar comigo no dia-a-dia quando não tenho aulas ou reuniões.
Este Natal decidi que não me iria colocar nas redes sociais, nem no blog. Algo que cumpri categoricamente, devo anunciar.
Decidi fazê-lo por querer desfrutar do máximo de tempo possível com a família, sem ter que me preocupar se as restantes pessoas sabiam onde eu estava e como o estava a festejar.
Tal como ficou prometido, venho aqui revelar quais as prendas que ofereci este Natal.
Prendas que ofereci
À minha mãe ofereci uma mala de viagem de cabine porque ela não tinha nenhuma. É da Paco Martinez e é azul escura. Tenho a certeza de que é feita à custa de sweatshops, no entanto, não sei onde encontrar uma que não seja;
Ao meu irmão mais velho ofereci um cartão com dinheiro da FNAC para ele gastar no que quiser. É sempre difícil saber o que lhe oferecer, e assim, pode ser ele a escolher;
Ao meu pai ofereci uma garrafa de vinho do Porto de reserva. Não sabia o que oferecer e um consumível é sempre melhor, uma vez que é algo que realmente tem uso;
Ao meu irmão mais novo ofereci uma carteira, algo que também tem uso visto ele não ter nenhuma;
Aos meus tios ofereci um jantar a dois num restaurante de fados;
Aos meus avós ofereci uma moldura com diversos compartimentos com fotos dos netos e dos filhos;
Às minhas primas ofereci produtos de cosmética da Body Shop que são feitos com produtos naturais, de comércio justo e não são testados em animais;
A do Pai Natal Secreto ainda não posso revelar, porque ainda não trocámos as prendas.
E como eu sei que são curiosos, decidi também revelar o que recebi.
Prendas que recebi
A minha mãe ofereceu-me uma mala, mas foi escolhida por mim e eu farei um post mais detalhado sobre ela e sobre a minha busca por ela;
O meu pai ofereceu-me um disco externo para guardar toda a tralha tecnológica lá;
Os meus tios ofereceram-me uma agenda para 2016 e dois pequenos blocos de notas com uns padrões muito giros;
Os meus avós ofereceram-me umas pantufas - infelizmente são de uma loja com recurso a sweatshops - estava na minha need/wish list;
Os meus outros tios ofereceram-me um lenço/manta muito quentinho e cinzento. Estava na minha need/wish list. Não sei se é feito à custa de sweatshops ou não. No entanto, espero que dure muito tempo;
Fora isto ainda recebi chocolates e meias.
Embora não possa negar que sabe bem receber prendas quando realmente se precisa ou se gosta de uma coisa, a melhor parte do Natal foi sem dúvida estar em família e comer a quantidade de comida que comi. Este Natal, não há dúvida de que a balança vai marcar mais 2 ou 3kg, mas valeu a pena porque a comida estava mesmo boa!
O meu post de hoje é muito pequeno. Vim aqui só para desejar um Feliz Natal a todos! Que o passem na melhor companhia possível, com as pessoas que realmente vos fazem felizes. Desliguem de tudo à vossa volta e concentrem-se nos vossos. A vida é curta e não se sabe quando é que as pessoas que vos rodeiam poderão deixar de vos rodear.
Partilhem histórias do vosso ano com as pessoas, vejam filmes juntos e bebam muito chocolate quente!
O e-mail surgiu sem dúvida como um verdadeiro upgrade do "mail" (correio) normal. É possível enviar e receber informações muito mais depressa, comunicar com alguém muito mais depressa e até comunicar com qualquer pessoa, uma vez que muitos endereços, em especial de empresas, associações e etc. se encontram disponíveis online.
No entanto, o e-mail também trás uma enorme desvantagem: a quantidade de publicidade que se recebe (pelo menos, eu) por e-mail é gigante.
Eu devo receber à volta de uns 70/80 e-mails por dia (sim, rídiculo). Destes 5 são normalmente coisas importantes, e e-mails que tenho realmente que ler, 20 são coisas não tão importantes, mas que convém saber/ter e o restante publicidade de todos os lados e mais algum. Como é que eles têm acesso ao meu e-mail?
A maioria dos sítios de onde recebo os e-mails é de lojas de onde tenho o cartão ou de onde já comprei online, ou participei em questionários ou etc. É irritante, porque os telemóveis hoje em dia dispõem de um LED que brilha numa intensa cor até vermos a notificação ou apagarmos essa notificação.
Assim sendo, eu decidi fazer um "e-mail declutter". Passou por cancelar todas as subscrições de todas as newletters à medida que as ia recebendo e fazer pedidos de remoção do meu e-mail destas mailling lists. Alguns cartões que tinha, uma vez que sempre que há promoções ou novidades associadas aos cartões eles enviam e-mails, tive que os cancelar. Isto porque iria sempre recebê-los por mais vezes que dissesse que não os queria receber.
Também decidi que ia passar a ver os e-mails apenas 2x por dia. De manhã, por volta das 10h/11h onde vejo os que tenho e marco como importante o que preciso de ver com atenção e à tarde quando chego a casa depois das aulas e tenho tempo para ler os e-mails que marquei como importantes e ver se tenho mais algum que precise de ver.
A nossa vida torna-se muito mais proveitosa quando não temos que estar constantemente conectados.
Muito provavelmente, os mais novos já conhecem esta política como a política dos 5Rs. No entanto, eu acho que os dois items adicionados são uma redundância de "reutilizar" e, por isso, mantenho-me nos 3Rs.
Para quem não sabe, esta é a política de: reduzir, reutilizar e reciclar. No entanto, a meu ver aposta-se muito nisto, mas da forma inversa. Ou seja, o primeiro passo deveria ser reduzir: reduzir o consumo de embalagens desnecessárias, de artigos desnecessários, de produção de resíduos, etc,etc. Depois deveria ser reutilizar: reutilizar materiais, reutilizar objectos, remodelá-los, reinventá-los, etc. e só depois deveria vir o reciclar. No entanto, acho que a maioria das pessoas quando já não precisa de algo, simplesmente põe para reciclar.
Assim sendo, venho deixar aqui algumas ideias:
Reduzir:
Reduzam as embalagens que utilizam - para além de terem que estar a pagar pela embalagem que não precisam, ainda têm que pagar para que os resíduos sejam tratados. Embalagens que não servem para a conservação directa de alimentos ou objectos, deixem-nas no supermercado, ou escolham opções que contenham menos embalagens;
Optem por embalgens de maiores dimensões em produtos que não se estraguem rapidamente. Permite não só poupar dinheiro, como poupar na quantidade de resíduos e automaticamente reduzir o desperdício.
Reutilizar:
Antes de deitarem qualquer coisa fora, olhem para ela e ponderem se existe algum uso que lhe possam dar;
Móveis antigos podem ser transformados em novos, os pregos/parafusos podem ser reutilizados;
Roupa de cama velha pode servir para proteger coisas do pó, pode servir de lençol para o cão, pode servir de cobertura para o chão se vão pintar a casa;
Sacos de papel ou plástico do pão podem servir para voltar a ir ao pão, para apanhar os dejectos dos animais, ou para embalar as sandes para levar para a escola;
Roupa antiga pode servir para fazer máscaras para o Carnaval, como pijama ou como roupa de treino.
Reciclar:
Se depois de tudo isto tiverem mesmo que deitar algo fora, tenham a certeza que podem colocar todo o material reciclável nos contentores próprios para serem encaminhados para a reciclagem. Só por fim coloquem o que ainda não é reciclável no contentor "normal".
Uma vez que consumo muito menos, não consigo fazer favoritos todos os meses. No entanto, é-me possível (pelo menos por agora) fazer favoritos por estação do ano. Assim sendo, e porque o Outono terminou, decidi fazer este post.
O meu primeiro favorito desta estação foram as calças de Ioga que comprei na Mango. Comprei-as em Novembro. Gosto delas porque são muito, muito confortáveis e quentinhas. São perfeitas para vestir ao Domingo para ficar em casa sem fazer nada, quando apenas tenho que sair para ir passear o cão; ou então para quando vou dar voltas grandes e passeios grandes com ele. Aquilo que não gosto é o facto de serem feitas em sweatshops no Bangladesh. Foram feitas à custa de mão-de-obra barata, sem condições laborais e sem leis ambientais. Comprei-as antes de ter visto o filme "The True Cost" e como já não tinham etiqueta, não as podia devolver. Assim sendo, ficaram.
O meu segundo favorito é o creme de rosto da Jason que tenho andado a usar. Uma vez que a minha pele é mista, oleosa nuns sítios e seca noutros, precisava de um creme que fosse hidratante mas não oleoso. Este hidratante da Jason é, na verdade, um gel. Por isso, é muito menos oleoso do que os cremes normais e ao mesmo tempo é hidratante. Por outro lado, não contém parabenos, sls, corantes artificiais, etc. e não é testado em animais.
O terceiro favorito é, claro, a minha garrafa de água. Fiz um post sobre ela ontem, podem ler aqui. Gosto mesmo muito da garrafa e acho-a verdadeiramente útil.
O meu quarto favorito é a Aplicação Drink Water Reminder. Descobri esta aplicação através da youtuber Verena Erin que tem o canal "My Green Closet". Decidi experimentá-la por estar a fazer o desafio da blogger de "be more with less" que consiste em beber o essencial de água por dia. A aplicação permite calcular a quantidade de água que devemos beber por dia a partir do peso, e à medida que a vamos bebendo, podemos seleccionar a bebida e a quantidade. Se não bebermos água, a aplicação emite uma notificação para nos lembrar. As notificações podem ser automáticas ou determinadas por nós. Pode ser feito o download aqui.
Nota Extra:
Ontem não coloquei isto no meu post porque não me tinha lembrado. No entanto, é uma medida que passarei a adoptar. Sempre que vamos a um restaurante e queremos beber água à refeição, somos obrigados a consumir uma garrafa de água (na maioria das vezes de plástico) e a pagar por ela. No meu entender, é ridículo ter que pagar por um bem essencial à vida, como a água. Em especial, quando na generalidade dos locais em Portugal já existe uma rede pública de água. Assim sendo, decidi que não passarei a consumir mais água engarrafada. Irei sim pedir um jarro de água, ou um copo de água. Ou quem sabe, utilizar a garrafa de água que já transporto comigo. Poderei ainda ponderar comprar água, no entanto, apenas se as garrafas forem de vidro. Se tal me for negado, não irei, então, dar o meu dinheiro ao estabelecimento em questão.
O minimalismo apresentou-se a mim não como uma moda a adoptar no momento, mas como um estilo de vida a adoptar sempre. Como Ecologista convicta, sou totalmente contra o estilo de vida de consumo desenfreado que vivemos nos dias de hoje em que interessa ter muito. Acredito que "o caminho se faz caminhando" e por isso não coloco quaisquer expectativas sobre o que o futuro trará, ao invés, acredito nas mudanças presentes e que devemos viver agora o que deve ser vivido agora.
Ter muitas coisas ocupa muito espaço físico e mental, muita preocupação. Minimalizar tornou-se uma prática de relaxamento e em que ter pouco é ter muito mais.