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Minimalismo Num Pedestal

Não é preciso ter muito, desde que se tenha as coisas certas.

Minimalismo Num Pedestal

Não é preciso ter muito, desde que se tenha as coisas certas.

26
Out15

Sobre a Cápsula

Goulart Pinheiro

Como mencionei no meu último post, o meu primeiro contacto com o minimalismo foi através da "cápsula". Assim, decidi escrever este post para vos explicar um pouco mais sobre ela. Como também já tinha referido, a forma como comecei a ter acesso a isto foi através de vídeos no youtube (deixarei alguns links mais abaixo). Alguns deles apresentam por si regras e explicações detalhadas e etc., mas a verdade foi que, para mim, apenas serviram como inspiração, uma vez que eu queria criar algo que fosse só meu. Depois de ver bastantes vídeos decidi que o ia fazer, mas vou ser sincera, foi difícil. Sobretudo porque olhava para o meu roupeiro e pensava: mas será que me quero livrar disto? Estive ainda dois dias em que abria a porta do roupeiro e decidia que ia começar, mas na verdade, nunca avançava. Passados dois dias lá tive que dizer a mim mesma: Beatriz, controla-te, é SÓ roupa. Comecei então por estabelecer as regras, que irei enumerar de seguida:

1) Iria ser apenas de 40 peças (sapatos incluídos);

2) Iria utilizar durante 40 dias (embora já tenha mencionado que é difícil devido ao tempo);

3) Tinha que escolher uma palete de cores para usar e todas teriam que ficar bem com todas. Escolhi cores neutras mais o Caqui e o Bordeaux.

Claro que estabelecer regras à partida pode ser importante e orientador, mas todos sabemos que na prática as coisas não funcionam bem assim. Por isso mesmo, a cápsula que estou a utilizar neste momento apenas contém 35 peças e eu não tenho mais para incluir nela. Sei que se calhar quando vier o frio que talvez passe as 40 peças porque é preciso casacos grossos, e casacos normais e camisolas de lã e camisolas de algodão. Tudo sobreposto. Quanto à palete de cores, a verdade é que adoro preto e branco, o cinzento, o caqui e o bordeaux são um pouco para eu não ficar sem cor. No entanto, outras cores também são aceitáveis, em especial em acessórios. Falando agora um pouco sobre a experiência pessoal. Todas as mulheres têm aquela loucura do "não tenho nada para vestir", embora tenham um roupeiro cheio de roupa. A cápsula permite que isso não aconteça. Como a ideia principal é minimalizar e uniformizar, tudo fica bem com tudo e não se corre o risco de não ter nada que combine. Por outro lado, uma vez que tudo fica bem com tudo, as combinações que se podem fazer são inúmeras. Por outro lado, não temos que nos preocupar com o que vamos vestir porque (e aqui é que está a chave do sucesso) utilizamos apenas coisas que realmente gostamos e que realmente nos ficam bem. Eu sou aquele género de pessoa que compra uma coisa e fica à espera de uma "ocasião especial" para a usar. Desde que comecei a ter a cápsula que isso deixou de acontecer. Fora tudo isto, sinto-me mais confiante na roupa que uso e não gasto dinheiro todas as semanas em roupa nova. Aconselho por isso, a todos, que abram o roupeiro e repensem naquilo que lá têm: quantas vezes o usam? fica bem? gostam da cor? gostam do corte?

26
Out15

Mais Sobre Isto

Goulart Pinheiro

 

Bom dia a todos, Acho que em primeiro lugar me devo apresentar. O meu nome é Beatriz (Goulart), tenho 21 anos e sou estudante de Engenharia do Ambiente. Decidi criar este blog sobre minimalismo, uma vez que é um estilo de vida que estou a adoptar, e que penso que seria interessante partilhar a minha experiência. A primeira vez que me "cruzei" com o minimalismo foi no início do Verão deste ano, através de alguns vídeos no youtube sobre "capsule wardrobe". A verdade é que eu sempre tive muita roupa e sempre fui "viciada" em organização. Comecei a procurar vídeos sobre como organizar o guarda-roupa, o que me levou aos "capsule wardrobe" e, por sua vez, ao minimalismo. Decidi então adoptar o "capsule wardrobe". No início estive dois dias a decidir se sim, se não e parecia que ia custar muito desfazer-me da roupa: "mas e se depois eu gosto?" "mas e se depois fica na moda novamente?". Apercebi-me então da loucura que estava a dizer e do quanto estava embrenhada nesta sociedade de consumo. Estabeleci então as primeiras regras para o guarda-roupa. 40 peças fora acessórios, roupa de dormir, roupa de praia, roupa de desporto e roupa interior. A ideia é utilizar 40 peças durante 40 dias, no entanto, como o tempo varia de repente em Portugal, isso está sempre dependente do nosso amigo S. Pedro. A minha primeira "cápsula" (e vou chamar-lhe assim daqui para a frente) foi de verão e usei-a durante 21 dias. A 2ª também era suposto ser de 21 dias, no final do verão e antes da chuva, no entanto, a chuva veio mais cedo e já estou, por isso, na 3ª que é a da chuva e que é suposto durar até dia 12 de Novembro (cruzem os dedos para que não fique frio). Eu gostei da experiência e a verdade é que sinto muito menos stress sobre o que vestir e o que calçar. Mas poderei depois fazer um post sobre o guarda-roupa em si. Depois de sentir menos stress em relação a isto, e sentir que estava a conseguir libertar o meu pensamento para coisas mais importantes, decidi que se calhar estava na altura de alargar esta "minimalização" a outras áreas da minha vida, como ao meu quarto e a tralha que guardo, às malas, a acessórios, a material escolar e etc. Tem sido uma mudança gradual, mas estou a caminhar (porque o caminho apenas se faz caminhando), e a verdade foi que já alterei bastantes coisas e me sinto mais "liberta". Assim, tentarei manter este blog no activo dando conta das minhas experiências e afins.

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Sobre Isto

O minimalismo apresentou-se a mim não como uma moda a adoptar no momento, mas como um estilo de vida a adoptar sempre. Como Ecologista convicta, sou totalmente contra o estilo de vida de consumo desenfreado que vivemos nos dias de hoje em que interessa ter muito. Acredito que "o caminho se faz caminhando" e por isso não coloco quaisquer expectativas sobre o que o futuro trará, ao invés, acredito nas mudanças presentes e que devemos viver agora o que deve ser vivido agora. Ter muitas coisas ocupa muito espaço físico e mental, muita preocupação. Minimalizar tornou-se uma prática de relaxamento e em que ter pouco é ter muito mais.

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