Nos últimos 30 dias comprometi-me com o exercício físico.
Há muito tempo que não estava tão empenhada nele. Nem mesmo quando frequentei o ginásio. Frequentar o ginásio parecia uma obrigação. Sentia que tinha que estar lá mais do que uma hora para fazer valer o dinheiro que gastava e a minha deslocação lá, o que acabava por se tornar aborrecido.
E essa foi a maior diferença que senti ao fazer exercício físico em casa. Posso fazer quando quiser, durante quanto tempo quiser, sem sentir a necessidade de fazer mais para compensar o que quer que seja. E assim é. Tenho feito exercício físico praticamente todos os dias. Deixando de fora, quase sempre, os domingos.
Para tal utilizo a aplicação Nike Training Club.
Gosto muito desta aplicação porque é 100% gratuita. Com um pequeno questionário inicial, propõe exercícios próprios para cada pessoa, mas fora isso, apresenta muitas opções consoante o tipo de exercício que queremos fazer, os grupos musculares que queremos treinar, quanto tempo queremos treinar ou o tipo de equipamento que dispomos, que pode ser nenhum.
E isso é muito bom para a maioria das pessoas que se encontram em casa neste momento, ou sem acesso aos ginásios, e sem acesso a comprar material de desporto.
Irei manter este hábito, sem dúvida, porque me sinto muito melhor, em termos de saúde, depois de ter reiniciado os meus treinos. E a parte melhor é que já perdi 1kg sem alterações no regime alimentar.
Os tempos que vivemos estão envoltos em incerteza, ansiedade e confusão.
As notícias sobre coisas relacionadas com isto são inúmeras, a informação que passa é díspar, envolta em falsas informações, diferentes interpretações e toda uma panóplia de coisas vão acontecendo que não nos deixam concentrar e manter a sanidade mental.
Mas eu tenho a solução para isso: desligue a TV, desligue as redes sociais.
Guarde uma hora por dia para ver as notícias. A forma como vivemos hoje permite-nos que não tenhamos que estar em frente à TV entre as 20h e as 21h à espera do telejornal, dando-nos a alternativa de consultar online ou através dos canais de notícias a qualquer hora. Guarde uma hora para ver as notícias e mais nada. A verdade é que as notícias não mudam muito em 24h, para não dizer praticamente nada, por isso, não ache que está a perder informação valiosa.
Guarde outro momento, outra hora para visitar as redes socias e asbtenha-se de acreditar em tudo o que lê e em tudo o que vê. Até pela sua sanidade mental.
Aproveite para fazer outras coisas igualmente estimulantes, como ler, visitar sites de minimalismo e vídeos no Youtube sobre como tornar a sua casa num sonho como nunca teve a oportunidade antes.
O mais importante: mantenha a sua sanidade mental. E se sentir que não está a conseguir, não hesite em pedir ajuda. Isso não faz de nós menos do que ninguém, antes pelo contrário. Faz de nós pessoas inteligentes, que sabem avaliar o seu próprio estado mental e pedir ajuda antes que seja tarde de mais.
Contacte a linha SNS24 ou outros contactos disponíveis neste link.
Passaram-se mais 30 dias e estou a tentar manter os desafios com que me comprometi, ainda que alguns terão que mudar, uma vez que a situação também se alterou.
O desafio deste mês era estudar todos os dias. E consegui, na maioria. A verdade é que enquanto estudante e trabalhadora, a realidade se alterou completamente. As aulas passaram a ser virtuais, assim como o trabalho. A rotina mudou drasticamente e eu estou há 21 dias em confinamento domiciliário. Isto dito assim até parece que estou em prisão domiciliária.
De qualquer forma, rapidamente tentei mudar a rotina e concentrar-me e uma dessas coisas foi conseguir voltar a estudar todos os dias. Não estudo no dia em que tenho aulas, nem ao fim-de-semana. De resto tenho estudado todos os dias.
A mais valia que retiro deste desafio é o de que nunca me atrasei na matéria e, como tal, consegui sempre perceber as aulas, o que estamos a fazer, do que estamos a falar e a conseguir entender os problemas e a interagir.
Neste momento ainda não sabemos como irão decorrer as avaliações e, por isso, torna-se mais difícil perparar-me para uma coisa que não sei como será. De qualquer modo, acho que o mais fácil é preparar-me para tudo e, por isso, decidi que irei manter este desafio durante mais um mês, de modo a não ocupar o meu tempo com outro desafio e poder concentrar-me numa coisa que realmente quero, que é terminar os estudos.
Verdade que hoje em dia lhe dão um nome bastante mais pomposo, "Safety Razor", mas a verdade é que estas lâminas de barbear não passam de repescagens do passado, de coisas que já eram utilizadas há muitos anos e durante muitos anos.
Embora o investimento seja grande, aquilo que me fez querer adoptar este sistema foi o preço (muito baixo) das recargas. Cada conjunto traz 5 lâminas por 2€, o que significa que cada lâmina fica a 0,4€ - o que é muito mais barato do que as recargas que eu costumava utilizar (Venus) e fica mais barato que a larga maioria das giletes descartáveis, pelo menos se queremos que elas sejam boas e não nos arranquem bocados de pele.
Para além disso, cada lâmina tem, na minha opinião, uma duração superior do que as recargas da Venus tinham. Mas isso também poderá ter a ver com o facto de que eu costumava deixar a Venus na banheira e com esta máquina de barbear tiro-a da banheira, seco-a e guardo-a.
Mas vamos ao que interessa: funciona?
Confesso que eu sou um pouco bruta e despachada, por isso, a camada de gel que a Venus oferece tinha uma segurança acrescida contra cortes, que esta não tem. No entanto, com dois dias de uso apercebi-me que tenho que fazer a depilação com mais calma e mais devagar e ao fim de um mês de uso já me sinto uma profissional.
Em termos de depilação e duração, a eficiência e a eficácia são as mesmas. E não há qualquer uso de plástico envolvido.
Penso que, havendo dinheiro para fazer o investimento inicial, ele deve ser feito porque é uma das alterações que a longo prazo compensa financeiramente e em termos ambientais.
Com isto, eu quero dizer, que durante o mês de fevereiro, a ideia foi criar uma rotina de manhã e manter-me fiel a ela e daí retirar eventuais conclusões.
Em primeiro lugar, a rotina. Era a seguinte:
Cozinhar e tomar o pequeno-almoço;
Mudar a caixa de areia dos gatos;
Arranjar-me;
Arrumar o almoço;
Sair.
A minha primeira ideia foi a de que a rotina fosse a mais curta possível, para que eu pudesse dormir o máximo possível de manhã antes de ter que ir trabalhar.
O que é que isto implica? Que muitas coisas fossem feitas na noite anterior, como arrumar as coisas necessárias para o dia seguinte.
As conclusões foram sobretudo positivas.
Eu gosto de dormir mais de manhã, por isso, quanto mais tarde acordar, melhor.
As coisas estavam à partida arranjadas no dia anterior e, por isso, eu não tinha que me preocupar com nada de manhã, sem ser estar em modo de piloto automático, onde não tinha que pensar sobre nada e isso tornou as minhas manhãs muito mais fáceis.
Por isso, foi uma das coisas que adoptei. As coisas ficam prontas no dia anterior e de manhã a minha rotina é feita sempre com os mesmos passos, em total modo de piloto automático e só tenho que começar a pensar em coisas quando chego ao trabalho.
Janeiro foi o mês escolhido para durante 30 dias meditar.
Spoiler: Não correu bem.
Depois de ver alguns vídeos no YouTube, posts em blogs e outros e ler algumas coisas sobre a meditação, achei que seria uma boa ideia para experimentar e ver quais seriam os resultados.
Instalei a aplicação Headspace e paguei 3.99€ por um mês de meditação. Comecei pelo curso básico e experimentei alguns dos outros cursos que eles oferecem, sobretudo de relaxamento e para dormir melhor.
Mas, não fiquei fã. Talvez um mês não seja suficiente. Talvez seja de mim. Da mesma maneira que nem toda a gente gosta de nadar, talvez nem toda a gente goste de meditar e não considero que haja algo de errado com isso.
A questão é que as promessas de melhoria do sono, de menos ansiedade, de relaxamento, de claridade nos pensamentos, de menos stress, não se refletiram em mim. Não senti particulares beneficíos na meditação.
Talvez tenha também a ver com a forma como a aplicação escolhida esteja construída. Não gostava da forma calma como o "narrador" falava e irritava-me as alturas em que se estava em silêncio absoluto.
Quanto à meditação propriamente dita, eu fazia cinco minutos por dia. Não achei que fosse muito tempo, nem pouco. Pareceu-me ideal. Os exercícios também não me pareceram particularmente difíceis, nem tive dificuldades em concentrar-me naquilo que me era pedido para concentrar. Os conceitos eram claramente explicados, o que é uma mais valia para quem pretende entender mais sobre o assunto.
Conclusão: Meditar não é para mim. Mas desafio todos a testar. Quanto mais não seja porque aumenta o conhecimento geral, mas também porque nos ajuda a entender o que gostamos ou não, o que é a meditação e assim, descobrimos mais sobre nós.
Já tem vindo a ser hábito fazer alguns desafios à luz do minimalismo. Este ano decidi que não seria diferente, mas sobretudo numa viagem de auto-descobrimento através de experiências.
A ideia surgiu depois de ver um vídeo do Matt D'Avella sobre o mesmo assunto no Youtube.
Mas ao invés de seguir as experiências do Matt, decidi criar as minhas. Assim, o objetivo é durante um ano fazer 12 experiências, cada uma com a duração de 30 dias (aprox. 1 mês).
Decidi começar antes porque não acredito em resoluções de ano novo e acho que as podemos fazer em qualquer altura e começar logo o nosso caminho para a melhoria e não apenas durante os meses de Dezembro e Janeiro.
Assim, nos últimos 30 dias instalei uma app chamada "Aqualert" que já falei anteriormente no blog. O objectivo era medir a quantidade de água e outros líquidos durante o dia, e tentar alcançar o objectivo de 1880ml de ingestão de água por dia.
Foram poucos os dias em que realmente consegui alcançar esse objectivo, mas aqui fica a minha experiência e o que aprendi com ela.
Não trabalho próxima de uma casa de banho, o que faz com que quanto mais água bebo, mais vezes tenho que ir à casa de banho e mais vezes tenho que fazer pausas e cortar o meu raciocínio a meio e interromper a minha produtividade, o que no incício pode parecer uma desculpa fixe, mas eventualmente torna-se aborrecido;
Durante a semana, no local de trabalho, é fácil ir bebendo água. Não é tão fácil ao fim-de-semana nem quando o meu dia implica viagens e andar de um lado para o outro. A vontade de ir à casa-de-banho consegue desconcentrar-me muito e tornar-me ansiosa;
Não senti grandes diferenças em termos de pele ou de órgãos, o que me leva a crer que na verdade não estava assim tão desidrata como achava antes de iniciar este desafio;
A quantidade de água que uma pessoa ingere não tem que ser a água teórica até porque existem outros alimentos e bebidas que nos mantém hidratados, apesar de terem outros nutrientes ou açucares. E tudo o que é demais enjoa, por isso, havia dias em que só para chegar ao objectivo eu bebia demasiada água e acabava mal-disposta.
Embora venha um pouco atrasada, não me esqueci e, por isso, venho aqui colocar as coisas em que gastei dinheiro em Fevereiro!
Comprei um soutien de alças retiráveis e a razão é muito simples: o Verão vem aí e eu tenho bastantes vestidos de alças finas e não tinha nenhum soutien deste género, o que dá muito jeito porque eu não gosto que se vejam as alças dos soutiens.
Comprei um par de calças de pijama na Tezenis porque só tinha 2 pares e reparei que no Inverno não é muito prático ter apenas duas calças porque nem sempre dá para secar roupa.
E finalmente comprei igualmente a nossa viagem a Cuba da qual voltámos ontem através da agência de viagens GeoStar.
Dentro em pouco iremos viajar. E acho que o maior drama das pessoas normalmente quando viajam é: o que levar. E se falta alguma coisa? E se depois eu precisar disto? E se o tempo mudar de repente?
São perguntas válidas. Se vivessemos há 50 anos. Nos dias que correm é muito fácil recolher quase toda a informação que precisamos sobre os países para onde vamos e o que podemos ou não necessitar lá. O estado do tempo, a existência de muitos insectos e, por isso, a necessidade de levar repelente e creme para borbulhas, protetores solares, casacos mais ou menos quentes, sapatos de verão ou de inverno, adaptadores de tomadas, etc.
A minha ideia normalmente é sempre fazer uma lista prévia daquilo que realmente preciso e depois ir tratando consoante. Neste caso vamos apenas uma semana, por isso, não é preciso levar a casa atrás. A ideia é sempre levar o minímo indispensável de modo a garantir que levamos o essencial, mas que não vamos demasiado carregados.
Mas para facilitar, deixo aqui a lista daquilo que irei colocar dentro da mala e poderá servir de inspiração a outros que tenham a necessidade de fazer o mesmo.
Mala de Porão:
Adaptador de Tomadas;
Roupa Interior
1 Calções
1 Calças
2 Vestidos
4 Blusas
1 Pijama
1 Fato de Banho
Chinelos
Lenço
Suéter
Casaco
Saco para a Roupa Suja
Necessaire
Toalha de Praia
Necessaire:
Escova de Dentes e Pasta
Champo
Sabonete
Desodorizante
Escova Cabelo
Protetores Solares
Maquilhagem
Cremes Rosto
Repelente
Medicação (Primeiros-Socorros)
Lâmina
Mala de Cabine
Carteira com Documentos e Dinheiro
Confirmações das Reservas, Vistos, Passagens
Carregadores
Telemovel
Óculos de Sol
Livro
Roupa Interior (Desagradável se nos perderem a bagagem).
Neste momento é assim que está a minha lista. Não penso que vá precisar de muito mais. É uma viagem de lazer e, por isso, a ideia é que andarei todos os dias de calções e de ténis e para uma semana é mais do que suficiente até porque o tempo promete estar quente.
Se tiverem alguma sugestão, agradecia que partilhassem!
Este era um post que já fazia falta. Demorou, mas finalmente conseguimos ter uma rotina consistente e eficaz de limpeza e arrumação da casa, de modo a que possamos aproveitar melhor o nosso tempo, ainda, assim, tendo a casa sempre (aqui deve ler-se maioritariamente) limpa e arrumada.
Vamos dividir isto em diversas secções também para que o texto fique mais estruturado e de fácil leitura.
Diariamente:
Lavar Loiça;
Fazer a Cama;
Arrumar a Sala;
Limpar a Caixa de Areia dos Gatos (isto acontece duas vezes por dia).
Semanalmente:
Lavar, Aspirar e Lavar o Chão da Casa de Banho;
Limpar o Fogão e o Micro-Ondas;
Lavar as Bancadas da Cozinha;
Aspirar e Lavar o Chão da Cozinha;
Mudar os Atoalhados da Casa de Banho;
Mudar a Areia dos Gatos;
Levar o Lixo para a Rua (temos tido a capacidade de produzir lixo para que só tenhamos que fazer isto uma vez por semana);
Lavar Roupa;
Passar a Ferro.
De duas em duas semanas:
Fazer a Cama de Lavado;
Lavar a Caixa de Areia dos Gatos;
Lavar as Paredes da Banheira;
Mensalmente:
Aspirar a Casa toda;
Lavar o Chão da Casa toda;
Limpar o pó da Casa toda.
De três em três meses:
Mudar as escovas de dentes;
Lavar as janelas de casa;
Aspirar por trás do frigorífico, do fogão e da máquina de lavar roupa.
De seis em seis meses:
Limpar arrastando móveis, eletrodomésticos, decorações, animais, enfim, um fim-de-semana divertido.
Basicamente é assim que temos dividido as coisa para garantir que temos a casa quase sempre limpa e arrumada.
O minimalismo apresentou-se a mim não como uma moda a adoptar no momento, mas como um estilo de vida a adoptar sempre. Como Ecologista convicta, sou totalmente contra o estilo de vida de consumo desenfreado que vivemos nos dias de hoje em que interessa ter muito. Acredito que "o caminho se faz caminhando" e por isso não coloco quaisquer expectativas sobre o que o futuro trará, ao invés, acredito nas mudanças presentes e que devemos viver agora o que deve ser vivido agora.
Ter muitas coisas ocupa muito espaço físico e mental, muita preocupação. Minimalizar tornou-se uma prática de relaxamento e em que ter pouco é ter muito mais.